quarta-feira, 31 de julho de 2013

VESTIBULANDOS


Essa dica de ótimos sites serve tanto para alunos que estão a caminho do ENEM e do vestibular, bem como para professores.



Confira os sites dos professores `estrelas`:

Vestibulandia

Projeto sem fins lucrativos, o portal é dos mais antigos e reconhecidos da web. Além das videoaulas, o site ainda disponibiliza uma série de textos teóricos e exercícios com a mesmas dificudlades dos vetibulares. A Matemática é um dos pontos fortes.

Mais informações: http://www.vestibulandia.com.br

Biologia Total

Portal comandado pelo professor Paulo Jubilut é um dos mais completos da rede. O estudante pode ter acesso a uma série de videoaulas dos mais variados assuntos de Biologia. Simulados, planos de curso e tutorial online também são outras vantagens.

Mais informações: http://www.biologiatotal.com.br

Física total

Para aqueles estudantes que precisam de um esforço extra em matéria de física, as videoaulas do portal podem contribuir bastante. Dividas por módulos de aulas e cursos, estudantes podem até sugerir o conteúdo do próximo vídeo a ser gravado.

Mais informações: http://www.fisicatotal.com/

terça-feira, 30 de julho de 2013

Famosas revelam seus truques de beleza caseiros.

Ninguém é de ferro!!! 
Para aquelas(es) que ainda podem desfrutar dos últimos dias de férias(que, infelizmente, não é o meu caso!!!:( ), abro um espaço para a beleza.
Quem gosta e deve se cuidar, eis algumas dicas muito interessantes.
****

Se elas são lindas e fazem, nós também podemos! Testamos e comprovamos se as receitinhas caseiras dessas atrizes realmente funcionam. Confere só!

Não é porque as celebs de Hollywood nadam em dinheiro que só se contentam com cremes caríssimos! Muito pelo contrário: algumas das atrizes mais famosas do planeta apostam mesmo é nas velhas e boas misturinhas com jeito de receita da vovó. Intrigadas, tratamos de pesquisar a eficácia desses singelos truques de beleza. O resultado você confere a seguir.

Paris Hilton (Foto: Condé Nast Archive, Getty Images e Shutterstock)

Madeixas brilhosas A patricinha mais famosa do mundo, quem diria, costuma enxaguar os fios com vinagre para ganhar mais brilho e sedosidade!
Funciona? Sim, e a dermatologista Carla Vidal explica por quê: "O ácido acético neutraliza o pH e provoca um efeito condicionante nos cabelos".
Nós testamos! Os fios ficam brilhosos se enxaguados com água e vinagre. Mas, o cheiro de salada é terrível - eca!

Catherine Zeta Jones (Foto: Condé Nast Archive, Getty Images e Shutterstock)



Dentes brancos Pasta de dente é so last season para a sra. Michael Douglas. Ela prefere usar... morangos!
Funciona? Não é uma revolução, mas, segundo Eugenio Macedo Guimarães, da Mosaico Odontologia, a fruta serve "como um detergente", que clareia superficialmente manchas de café, vinho...
Nós testamos! É precio deixar aquela papinha de morangos cinco minutos nos dentes e então escovar. Em uma semana, clareia mesmo. O contra? A gengiva fica sensível.

Jennifer Aniston (Foto: Condé Nast Archive, Getty Images e Shutterstock)









Cabelos hidratados A atriz gasta até US$ 40.000 no salão, mas em casa só hidrata os fios com meros iogurte e mel
Funciona? "Não há comprovação científica", diz a demato Irene Dantas. "Para esse mix fazer efeito mesmo, aconselho incluir mamão ou abacate".
Nós testamos! Deixando a mistura (faz um grude, aguente firme!) por meia hora nos cabelos e lavando normalmente depois, os fios ficam ultramacios. Vale a pena!

Jessica Biel (Foto: Condé Nast Archive, Getty Images e Shutterstock)

Rosto iluminado Jessica adora acrescentar uma colher de chá de açúcar na loção de limpeza para iluminar a cútis.
Funciona? "Esfoliar a pele a deixa renovada e macia", atesta a dermatologista Érica Monteiro. "Só evite se sua pele for sensível. já que as partículas de açúcar são irregulares"
Nós testamos! A pele fica lisinha e macia? Sim. Mas iluminada? Não, gente! Na honestidade: a mistura caseira não é diferente de qualquer esfoliante normal

Emma Roberts (Foto: Condé Nast Archive, Getty Images e Shutterstock)

Poros "sumidos" Toda vez que sente a pele meio áspera e levemente oleosa, a sobrinha de Julia Roberts aplica clara de ovo na face por cerca de 15 minutos.
Funciona? "Rica em colágeno e albumina, a clara deixa, sim, a pele firme e aveludada e ainda tem uma ação tensora", explica Irene Dantas, dermatologista da Clínica Dicorp.
Nós testamos! A clara endurece rapidinho (sem cheiro algum, viu?). De fato, os poros diminuem - é melhor que muito primer por aí!

Terry Hatcher (Foto: Condé Nast Archive, Getty Images e Shutterstock)

Banho hidratante Terry passa horas imersa na banheira com água quente e vinho para hidratar e enrijecer a pele.
Funciona? Oh yes! Tudo por causa da esfoliação química. "O vinho acelera a eliminação de células mortas e deixa a pele macia" saliente a expert Érica Monteiro.
Nós testamos! Em 40 minutos já dá para sentir a pele mais lisa - agora...durinha, não! Bem, tomando uma tacinha no banho você pode achar o efeito bem melhor =)



segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mulheres que revolucionaram a educação
A história da educação é construída por mulheres que, desde os primórdios, lutaram pela democratização da construção do conhecimento e por processos educativos que tivessem os alunos como sujeitos ativos. Neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o Portal Aprendiz reuniu uma lista com oito nomes importantes para a educação, que vão de pedagogas e psicólogas à ativistas sociais, nacionais e internacionais. Confira!
Sabina Spielrein
A russa estudou os efeitos da psicanálise na infância.
Uma das primeiras mulheres psicanalistas do mundo, foi pioneira no estudo do método voltado à infância. Russa e judia, revolucionou a educação infantil ao criar, em 1923 junto com Vera Schmidt, a primeira creche que utilizava noções de psicanálise, em Moscou, na então União Soviética.  Conhecido como “Berçário Branco”, já que todas as paredes e mobiliários eram brancos, tinha como prioridade o amadurecimento crítico e analítico das crianças. A instituição foi fechada três anos depois por autoridades soviéticas com a acusação de que o local estimulava prática de “perversões sexuais”. O trabalho de Sabina influenciou o de Carl Gustav Jung, psiquiatra que a tratou com métodos freudianos quando foi diagnosticada com histeria durante a juventude e que, depois, foi seu amante.
Stefa Wilczynska
Filha de família judia, a pedagoga foi influenciada pelos pensamentos da Escola Nova, que defende que a educação deve se basear nas experiências dos indivíduos e que as instituições de ensino devem deixar de ser meros locais de transmissão de conhecimentos para tornarem-se pequenas comunidades. Ao lado de Janusz Korczak, pedagogo referência na criação da “Declaração Universal dos Direito das Crianças”, Stefa criou um orfanato em Varsóvia (Polônia) que instituía uma República das Crianças, organizado sobre os princípios da justiça, fraternidade, igualdade de direitos e obrigações. O local contava com confortáveis salas de estar e de refeições, biblioteca e dormitórios claros. Entretanto, esse ambiente acolhedor foi perdido quando a Gestapo – a polícia política do Estado nazista -transferiu para uma pequena casa com quartos sujos, apertados e sem mobília. De lá, Korczak, Stefa e as 200 crianças foram levados para as câmaras de gás.
Maria Montessori
A italiana criou o método Montessori.
A primeira mulher a se formar em Medicina na Itália foi também responsável por criar um método educacional, que leva o seu nome, e é aplicado até hoje em escolas públicas e privadas de todo o mundo. Maria Montessori criou, em 1907, a primeira Casa dei Bambini, colocando em prática a teoria que visava uma “educação para a vida” e a formação integral dos indivíduos. A educadora acreditava que as crianças eram capazes de conduzir o seu próprio aprendizado, cabendo ao professor apenas acompanhar esse processo. Nesse sentido, a função da educação seria estimular um impulso interior que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto. A pedagogia se insere no movimento da Escola Nova ao se opor aos métodos tradicionais que não respeitam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento de meninos e meninas.
Rosa-María Torres
A linguista, educadora e ativista social participou de movimentos em defesa de uma educação de qualidade e assumiu cargos importantes em organismos internacionais da área. Durante 22 anos, foi diretora pedagógica da Campanha Nacional pelo Letramento, no Equador, e após a Conferência Mundial de Educação para Todos em 1990, tornou-se assessora educacional da UNICEF em Nova York. Esteve à frente de programas para a América Latina e o Caribe na Fundação W.K. Kellogg (1996-1998), onde desenvolveu a iniciativa para o ensino fundamental denominada “Learning Community”, que levou para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e continuou a desenvolver na instituição, de 1998 a 2000. Em 2003, assumiu o ministério da Educação e Cultura do Equador.
Emília Ferreiro
A argentina influenciou a alfabetização.
A psicóloga e pedagoga argentina, radicada no México, desvendou os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, o que levou muitos educadores a rever radicalmente seus métodos. Seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, campo de estudos inaugurado pelas descobertas de Jean Piaget.  As pesquisas de ambos levam à conclusão de que as meninos e meninas têm um papel ativo no aprendizado, construindo seu próprio conhecimento – como já diz o nome construtivismo. Diante disso, Emilia inverteu a lógica tradicional de educadores que só se preocupavam com a aprendizagem quando o aluno parecia não aprender, transferindo o foco da alfabetização para o sujeito que aprende. Suas conclusões inspiraram políticas públicas educacionais em diversos estados brasileiros, a partir dos anos 1980.
Mariazinha Fusari
A arte-educadora Maria Felisminda de Rezende e Fusari, conhecida como Mariazinha Fusari, foi co-fundadora do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE), da Universidade de São Paulo (USP) e através de seus projetos de pesquisa no campo da relação entre mídia e infância colaborou para a ampliação do diálogo entre os campos de conhecimento da comunicação e da educação. É considerada até hoje um dos principais nomes da educomunicação no Brasil.

Êda Luiz
A educadora brasileira defende um modelo de escola democrática.
Coordenadora pedagógica do Centro de Integração de Jovens e Adultos (Cieja) do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, transformou a instituição em um lugar onde o aprendizado é percebido e experimentado dentro e fora da sala de aula, extrapolando as disciplinas curriculares. Êda é responsável por tentar desenvolver um modelo de escola democrática: um espaço educativo aberto à comunidade, com acesso livre, sem trancas e de mútuo respeito entre as pessoas. A educadora assume influência de Paulo Freire, quem conheceu em um curso na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Protagonista de uma história de dedicação à educação, ela já foi também professora em escola rural e na antiga Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (Febem).

Maria Teresa Mantoan

A pedagoga brasileira dedica-se, nas áreas de pesquisa, docência e extensão na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ao direito incondicional de todos os alunos à educação escolar de nível básico e superior de ensino. Uma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan é crítica convicta das chamadas escolas especiais. Oficial na Ordem Nacional do Mérito Educacional no Grau de Cavaleiro, recebeu reconhecimento a contribuição à educação no Brasil.

domingo, 28 de julho de 2013

Atividades de ensino
Professor(a), as atividades, a seguir, são ótimas como atividade de revisão de conteúdo. Você poderá, como sugestão, dividir a classe em equipes e distribuir os casos entre elas. Em seguida, cada uma apresenta, em planária, as respostas.
Bom trabalho!
Os desafios linguísticos de Sherlock Chomsky


Sherlock Chomsky: Caso 1
Em muitas gramáticas, o verbo é definido como palavra ou expressão que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza. Sendo assim caminhada, triste e chuva seriam verbos, porque fazer uma caminhada é uma ação, estar triste é um estado e a chuva é um fenômeno da natureza.
  • Encontre uma explicação convincente de que essas palavras não são verbos.
  • Encontre uma definição melhor para a noção de verbo.

hg
Sherlock Chomsky: Caso 2
Sujeito é definido, em muitas gramáticas, como o ser que pratica a ação mencionada no verbo. Seguindo essa definição, quais seriam os sujeitos nas frases seguintes:
O carro furou pneu.
O ônibus tem duas portas.
Encontre uma explicação convincente de que essas palavras não são sujeitos.
  • Por que essa definição de sujeito não se aplica a essas sentenças?
  • Encontre uma definição melhor para a noção de sujeito.

hg
Sherlock Chomsky: Caso 3
Seguindo a definição tradicional de sujeito como "o ser sobre o qual se faz uma declaração". o Sr. Thomas Watson encontrou os seguintes sujeitos nas frases que analisou:
Na minha casa moram 4 pessoas.
Sujeito: Na minha casa
No novo Maracanã poderão assistir aos jogos até 85 mil torcedores.
Sujeito: No novo Maracanã
O meu computador, eu comprei a vista.
Sujeito: O meu computador
O carro nós financiamos.
Sujeito: O carro
Mas Sherlock Chomsky disse que ele se equivocou.
  • Porque ele errou tudo?
  • Explique ao Sr. Watson como encontrar, sem equívoco, os sujeitos dessas orações.

hg
Sherlock Chomsky: Caso 4
Diminutivo
Para você, qual é o diminutivo das seguintes palavras?


beijo -
casa -
caixa -
filho -
jornal -
livro –
namoro -
padre -
palácio -



Compare sua resposta com a de seus colegas e observe se há diferenças.
Você considera que as palavras abaixo são bons diminutivos dessas palavras?


beijo - beijoca
casa - casebre
caixa - caixote
filho - filhote
jornal - jornaleco
livro - livreto
namoro - namorico
padre - padreco
palácio - palacete


Discuta com seus colegas, quais delas vocês acham que são bons diminutivos, quais não seriam e por quê.
hg
Sherlock Chomsky: Caso 5
Aumentativo
Para você, qual é o aumentativo das seguintes palavras?


boca -
cabeça -
cão -
casa -
gato -
homem -
navio -
perna -
prato -
rato -
vidro -


Compare sua resposta com a de seus colegas e observe se há diferenças.
Você considera que as palavras abaixo são bons aumentativos dessas palavras?


boca - bocarra
cabeça - cabeçorra
cão - canzarrão
casa - casarão
gato - gatarrão
homem - homenzarrão
navio - naviarra
perna - pernalta
prato - pratarraz
rato - ratazana
vidro - vidraça


Discuta com seus colegas, quais delas vocês acham que são bons aumentativos, quais não seriam e por quê.
hg
Sherlock Chomsky: Caso 6
Millôr em pílulas
Prof: Para esquentar e concentrar a turma, nada melhor que abrir a aula oferecendo uma ou duas frases do Millôr Fernandes para os alunos lerem e analisarem as possibilidades de sentido.

Que sentidos você consegue encontrar para as frases de Millôr Fernandes?
Sugestões:
  • De noite, todos os pardos são gatos.
  • A fotografia é a mentira verdadeira.
  • Fobia é um medo com PhD.
  • O gourmet é o comilão erudito.
  • Todo homem nasce original e morre plágio.
  • Viver é desenhar sem borracha.

Fernandes, Millôr  Millôr online: frases. Disponível em http://www2.uol.com.br/millor/frases/frases_01.htm (acessado em 06/01/2013)

hg
Sherlock Chomsky: Caso 7[1]
Por que os elementos da primeira coluna têm hífen e os da segunda não têm?
anti-incêndio
auto-organização
contra-ataque
infra-axilar
micro-ondas
neo-ortodoxo
anti-inflamatório

autoescola
 autoajuda
semiaberto
semiárido
contraindicação
 extraoficial
 intraocular

Como conclusão do caso, as regras que você elaborou são:
1.
2.
Agora vamos testar a regra. Qual dessas palavras tem hífen e quais não têm?
Anti?aéreo
Auto?cortante
Auto?afirmação
Contra?cultura
Contra?almirante
Infra?estrutura
Micro?chip
Extra?terrestre
Sobre?elevação

hg
Sherlock Chomsky: Caso 8
Por que os elementos da primeira coluna têm hífen e os da segunda não têm?
inter-racial,
super-revista,
hiper-radical,
sub-brigadeiro
antirreligioso
minissaia
ultrassecreto
ultrassom
Como conclusão do caso, as regras que você elaborou são:
1.
2.
Agora vamos testar a regra. Qual dessas palavras tem hífen e quais não têm?
Hiper?mercado
Hiper?raquítico
Micro?saia
Sub?trinta
Super?rápido
Ultra?sônico

hg
Sherlock Chomsky: Caso 9
Na variante padrão do português, a forma considerada correta é a segunda de cada par de frases. Ajude Sherlock Chomsky a encontrar uma explicação para isso.

Estourou os balões.
Estouraram os balões.

Vende-se casas.
Vendem-se casas.

Compra-se latinhas.
Compram-se latinhas.

O que você acha da primeira frase de cada par? Estão erradas? Em que situações poderiam ser usadas?

hg
Sherlock Chomsky: Caso 10
Sherlock Chomsky descobriu que todas as frases abaixo desrespeitam uma regra do português padrão. Ajude o detetive a descobrir qual a regra desrespeitada.

Segue abaixo as informações para abertura das contas.
Não existe ladrões em nossa cidade.
É necessário muitas ações para resolver esse problema.
Corria na lagoa a Marta e a Heloísa.
Nunca pagou um multa os motoristas daquela empresa.
Depois de ver o vídeo sugerido pela professora me surgiu algumas dúvidas.
Cabe até seis bifes na grelha.

Você consegue explicar a ele por que isso acontece?




[1] Para turmas mais avançadas, sugerimos uma junção dos casos 7 e 8, para tornar a atividade mais desafiadora para os alunos.
(Atividades produzidas por Carla V. Coscarelli-UFMG)

quinta-feira, 25 de julho de 2013


Erros de redação prejudicam 
produção científica brasileira,
diz estudo

AGÊNCIA FAPESP - UOL EDUCAÇÃO - 18/07/2013 - SÃO PAULO, SP


Os pesquisadores brasileiros têm se esforçado para melhorar suas habilidades em redação, mas ainda cometem erros ao escrever uma tese ou artigo, segundo Gilson Volpato, especialista em redação e publicação científica.
Para Volpato, professor do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), isso ocorre porque muitos pesquisadores não dominam ainda conceitos básicos da redação científica.

`Temos boas pesquisas no Brasil que, muitas vezes, são poucos citadas porque os resultados são mal apresentados. Isso se deve a uma série de equívocos sobre conceitos fundamentais na redação de um texto científico, que precisam ser corrigidos`, disse Volpato, à Agência FAPESP.
De acordo com o autor – que dá cursos sobre o tema e já auxiliou pesquisadores a reescreverem mais de 250 artigos em humanas, exatas e biológicas –, um dos conceitos relacionados à estrutura e apresentação dos textos utilizado de maneira equivocada está na introdução.

É comum, segundo ele, alguns pesquisadores erroneamente apenas discorrerem nessa parte fundamental de um texto científico sobre a literatura científica que leram, sem fundamentarem as bases e os objetivos da pesquisa.

`Esse é um vício observado nas introduções de algumas teses e dissertações, onde se inclui a chamada `revisão da literatura`, por exemplo, e tenta-se replicar essa mesma estrutura de texto nos artigos submetidos às revistas científicas. Porém, essa estrutura acaba não sendo publicada porque os artigos científicos internacionais seguem a lógica científica que é adotada por todas as boas revistas científicas no mundo e não se pode querer fazer algo diferente`, disse Volpato.

Outro conceito errado é sobre artigo de revisão científica. A ideia é que tal trabalho contribua para o avanço do conhecimento, mas, de acordo com Volpato, muitos artigos do tipo costumam apenas resumir as pesquisas em suas respectivas áreas.

`Há pesquisadores que coletam uma série de dados da literatura recente em suas áreas, fazem um resumo de todo o material coletado e acham que fizeram um artigo de revisão. Mas o artigo de revisão tem que avançar, tem que trazer novas conclusões`, afirmou.

Reavaliação de conceitos

Volpato, em parceria com mais cinco pesquisadores, acaba de lançar o Dicionário crítico para redação científica, com o intuito de contribuir para corrigir e balizar conceitos utilizados erroneamente por pesquisadores brasileiros.

O livro reúne definições de 750 termos utilizados em várias áreas, relacionados à publicação, redação, Filosofia da Ciência, Ética, Lógica, Administração, Estatística, Metodologia, Biblioteconomia e Cientometria, entre outras.

Entre os conceitos definidos pelos autores estão os de autoria, fator de impacto, método lógico e metanálise.`O livro reúne conceitos úteis a cientistas de qualquer área, que são definidos com clareza para nortear a construção de uma ciência que seja de alto nível e que atenda aos padrões internacionais de publicação`, afirmou Volpato.

Segundo ele, a publicação leva o nome de dicionário crítico porque muitas definições atuais utilizadas de forma corrente precisam ser reavaliadas. `O dicionário apresenta definições mais ousadas e também faz críticas a alguns conceitos mais tradicionais que já não fazem mais sentido no universo atual da ciência e da redação científica`, disse.

De acordo com Volpato, há poucos exemplos desse tipo de publicação, a maioria voltada para áreas específicas, como o Critical Dictionary of Sociology e o Critical Dictionary of Art, Image, Language and Culture.

A ideia é que a publicação brasileira chegue a ter mais de 5 mil palavras nas próximas edições. Para isso, já está sendo formada uma equipe com especialistas em diversas áreas, e os autores estão solicitando sugestões de novos termos para serem inseridos.

`As pessoas podem sugerir termos ou fazer críticas aos conceitos já definidos, para que possamos revê-los`, disse Volpato. Os interessados em dar sugestões devem enviar e-mail para dcrc2013@gmail.com. Os nomes dos autores das sugestões aceitas serão mencionados nas respectivas edições nas quais suas contribuições forem publicadas.

Além do novo dicionário, Volpato também é autor dos livros Método lógico para a redação científica, Bases teóricas da redação científica, Publicação científica, Administração da vida científica, Pérolas da redação científica, Dicas para redação científica, Ciência: da filosofia à publicação e Estatística sem dor!.


O professor também divulga seu trabalho no site www.gilsonvolpato.com.br , que oferece artigos, dicas e reflexões sobre redação científica, educação e ética na ciência. O site dá acesso a aulas on-line do curso `Bases teóricas para redação científica`, apresentado por Volpato na Unesp

terça-feira, 23 de julho de 2013


Muito bom saber que existe um número significativo (apesar de não tão expressivo assim!) de jovens que olham o futuro com vontade de caminhar, com olhos de busca. "Querer" - essa ação é a que gostaríamos de presenciar nos bancos escolares.

Leia a matéria e conheça a história de Hector Ferronato.
Boa leitura!


Dia do Nerd vai mostrar rotina de quem estuda fora


Brasileiro aprovado em universidade dos EUA vai lançar canal de vídeos para dar dicas e motivar outros jovens (Portal Porvir)


"Todo mundo é capaz de fazer o que quiser. Um aluno de escola pública pode, sim, estudar lá fora". É com essa frase que Hector Ferronato, 19, resume seus próximos projetos. Nascido em Porto Ferreira, interior de São Paulo, Ferronato sempre estudou em escola pública e, depois de ter sido aprovado, com bolsa de 90%, para estudar ciências da computação na Universidade Franklin & Marshall College, nos Estados Unidos, resolveu criar um canal de vídeos para contar suas experiências, dar dicas e, principalmente, mostrar para outras pessoas que basta dedicação e vontade para alcançar seus objetivos.


Dia do Nerd será o nome do canal de vídeos que vai estrear no começo do mês de agosto, pouco antes de o estudante embarcar para os Estados Unidos. A ideia, segundo ele, é fazer diferente e não apresentar as informações sobre como estudar em outro país de maneira muito burocrática. Ferronato quer, além de explicar os procedimentos básicos (como as provas, as inscrições e as cartas de indicação de professores), usar o bom humor para mostrar seu dia a dia no novo país. "Quero fazer um canal bem dinâmico, mostrando todo o procedimento, dando dicas, mas usar o humor para motivar. Vou mostrar o dia a dia de quem está estudando fora do país de maneira mais leve", explica o estudante.


E sua iniciativa vem em boa hora. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Inspirare e a Potência Ventures, entre todos os tipos de negócios sociais em educação, o campo do acesso à informação é um dos que menos possuem soluções. Entre as seis categorias listadas, as que mais apresentam produtos ou serviços são as de cursos e objetos educacionais, formação, método e avaliação e gestão. Já aquelas com poucos negócios em desenvolvimento são, respectivamente, acesso à informação (11%), seguida pela infraestrutura (7%) e financiamento (1%). "Quando decidi estudar fora, comecei a me informar por conta própria, usando a internet, conversando com pessoas que já fizeram isso. Os poucos meios de informação que existem são complexos, burocráticos", diz.

"Quero mostrar que todo mundo pode, é só saber como fazer e se dedicar"
O nome do canal foi criado justamente para mudar a imagem desse tipo de conteúdo e, principalmente, do que é ser um nerd. Segundo ele, os nerds eram vistos, antigamente, como aquele cara de óculos, que não faz amigos, não sai de casa, nem se diverte. "Eu sou normal, [nos vídeos] vou pegar o violão, tocar músicas para os norte-americanos, jogar futebol, dar um olé neles", conta o estudante, depois de uma de tantas gargalhadas e completa: "Quero mostrar que todo mundo pode, é só saber como fazer e se dedicar".
Sobre essa dedicação, que, no fim das contas, é um dos pontos mais importantes para conseguir a vaga numa universidade estrangeira, Ferronato também vai dar suas dicas. "Me formei no meio de 2011 e aproveitei os outros 6 meses só para estudar. Chegava da escola e sabia dos meus horários, se alguém me chamasse para sair nesse tempo eu não ia, foi dedicação total, longe do Facebook", explica.

Para daqui a pouco

Ao longo de todos esses projetos, planos e mudanças, Ferronato desenvolve uma iniciativa chamada O mundo de Piatã, que é um jogo on-line e gratuito sobre educação ambiental, criado na conclusão do seu curso técnico de informática. Mas o aprendizado não para por aí. O estudante explica que seu objetivo com o projeto é mais do que oferecer um jogo, ele quer criar mais Piatãs pelo Brasil. Para isso, o jovem faz parte de um grupo que oferece palestras sobre o tema em escolas, com o objetivo de formar mais estudantes que possam disseminar o respeito pelo meio ambiente por todo o Brasil.
"A gente sempre quis agregar atividades presenciais. Por isso, pegamos as crianças e levamos nas florestas, reunimos grupos para fazer coleta seletiva em algum espaço público", explica. Embarcando para os Estados Unidos em breve, Ferronato promete não deixar seus Piatãs órfãos. Segundo ele, uma equipe já está montada para continuar desenvolvendo esse projeto por aqui e promete que, já no ano que vem, o game estará disponível como aplicativo para celulares e tablets.

(Vinícius Bopprê, Portal Porvir)