QUESTÕES - 9º ANO
1- Leia o texto para responder a questão abaixo:
O FIM
DE SAPOS, RÃS E PERERECAS
“Para muita gente,
sapos, rãs e pererecas podem lá não ter graça. Mas os anfíbios são essenciais à
vida de florestas, restingas e lagoas, só para citar alguns ambientes. E o
problema é que estão desaparecendo sem que cientistas saibam explicar o por
quê. O fenômeno é conhecido há anos, mas tem se agravado muito. Sobram
explicações — vírus, redução de habitat e mudanças climáticas, por exemplo —
mas ainda não há resposta para o mistério, cuja consequência é o aumento do
desequilíbrio ambiental. Para tentar encontrar uma solução, cientistas
começaram a se reunir no Rio.”
O Globo. Rio de Janeiro, 23/06/2003.
Ao
se referir ao desaparecimento de sapos, rãs e pererecas, o texto alerta para
A) o perigo de alguns ambientes ameaçados.
B) a falta de explicação dos cientistas.
C) as explicações do mistério da natureza.
D) o perigo do
desequilíbrio do meio ambiente.
Leia
o texto e responda a questão.
A
SURDEZ NA INFÂNCIA
Podemos classificar
as perdas auditivas como congênitas (presentes no momento do nascimento) ou
adquiridas (contraídas após o nascimento). Os problemas de aprendizagem e
agressividade infantil podem estar ligados a problemas auditivos. A construção
da linguagem está intimamente ligada a compreensão do conjunto de elementos
simbólicos que dependem basicamente de uma boa audição. Ela é a chave para a
linguagem oral, que, por sua vez, forma a base da comunicação escrita.
Uma pequena
diminuição da audição pode acarretar sérios problemas no desenvolvimento da
criança, tais como: problemas afetivos, distúrbios escolares, de atenção e
concentração, inquietação e dificuldades de socialização. A surdez na criança
pequena (de 0 a
3 anos) tem conseqüências muito mais
graves que no adulto.
Existem algumas
maneiras simples de saber se a criança já possui problemas auditivos como:
bater palmas próximo ao ouvido, falar baixo o nome da criança e observar se ela
atende, usar alguns instrumentos sonoros (agogô, tambor, apito), bater com
força a porta ou na mesa e, dessa forma, poder avaliar as reações da criança.
COELHO. Cláudio. A surdez na infância.
O Globo, Rio de Janeiro. 13/04/2003.
p. 6. Jornal da Família. Qual é seu problema?
2-O objetivo desse texto é:
A) comprovar que as
perdas auditivas são irrelevantes.
B) comprovar que a
surdez ainda é uma doença incurável.
C) mostrar as
maneiras de saber se a criança ouve bem.
D)
alertar o leitor para os perigos da surdez na infância.
3-Leia
o texto e responda e responda a questão abaixo.
Naquela sexta-feira,
à meia noite, teria lugar a 13ª Convenção Internacional das Bruxas, numa ilha
super-remota no Centro do Umbigo do Mundo, muito, muito longe.
Os preparativos para
a grande reunião iam adiantados. A maioria das bruxas participantes já se
encontrava no local — cada qual mais feia e assustadora que a outra,
representando seu país de origem. Todas estavam muito alvoroçadas, ou quase
todas, ainda faltavam duas, das mais prestigiadas: a inglesa e a russa.
Estavam atrasadas de
tanto se enfeiarem para o evento. Quando se deram conta da demora,
alarmadíssimas, dispararam a toda, cada uma em seu veiculo particular, para o
distante conclave. A noite era tempestuosa, escura como breu, com raios e
trovões em festival desenfreado.
Naquela pressa toda, à luz instantânea de
formidável relâmpago, as bruxas afobadas perceberam de súbito que estavam em
rota de colisão, em perigo iminente de se chocarem em pleno vôo! Um impacto que
seria pior do que a erupção de 13 vulcões! E então, na última fração de segundo
antes da batida fatal, as duas frearam violentamente seus veículos! Mas tão de
repente que a possante vassoura da bruxa inglesa se assustou e empinou como um
cavalo xucro, quase derrubando sua dona. Enquanto isso a bruxa russa conseguiu
desviar seu famoso pilão para um vôo rasante, por pouco não raspando o chão!
BELINY, Tatiana. In.
Era uma vez: 23 poemas, canções, contos e outros textos para enriquecer o
repertório dos seus alunos. Revista Nova Escola, edição especial, vol. 4. p 16.
Porque
a vassoura da bruxa inglesa empinou como um cavalo xucro?
A) porque ela saiu apressadíssima.
B) porque ela freou violentamente.
C) porque a noite era tempestuosa.
D) porque a bruxa russa desviou seu pilão.
4-Leia
o texto para responder a questão abaixo:
O Pavão
E considerei a glória
de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei
lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão.
Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se
fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que
este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de
elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a
simplicidade.
Considerei, por fim,
que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e
estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu
olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
No 2º parágrafo do texto, a expressão “ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES” significa
o artista
(A) fazer refletir,
nas penas do pavão, as cores do arco-íris.
(B) conseguir o maior
número de tonalidades.
(C) fazer com que o
pavão ostente suas cores.
(D)
fragmentar a luz nas bolhas d’água.
5-Leia
o texto para responder a questão abaixo:
O IMPÉRIO DA VAIDADE
Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais
defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas
e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém
fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um
pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá dinheiro para os
negociantes, mas dá prazer para os participantes.
O prazer é físico, independentemente do físico que se tenha: namorar,
tomar milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo, andar
descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça − a
conversa com o amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada −, e a
humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os
amigos, tomar uma caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um
momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer. Relaxar, descansar,
despreocupar-se, desligar-se da competição, da áspera luta pela vida − isso é
prazer.
Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O
prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difícil. O que importa, o que
vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da
competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos
infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas
precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua
idade.
Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da
indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica
um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis − mas porque,
se não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais
produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam
da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia.
O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo.
LEITE, Paulo Moreira. O império da
vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79.
O autor pretende influenciar os leitores para
que eles
(A) evitem todos os
prazeres cuja obtenção depende de dinheiro.
(B) excluam de sua
vida todas as atividade incentivadas pela mídia.
(C) fiquem
mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.
(D) sejam mais
críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia
6-Leia
o texto para responder a questão abaixo:
No mundo dos sinais
Sob o sol de fogo, os
mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus
galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.
Sinais de seca brava,
terrível!
Clareia o dia. O
boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.
Toque de saída. Toque
de estrada. Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem. TV
Cultura, Jornal do Telecurso.
A opinião do autor em relação ao fato
comentado está em
(A) “os mandacarus se
erguem”
(B) “aroeiras expõem seus galhos”
(C) “Sinais de seca brava,
terrível!!”
(D) “Toque de saída. Toque de entrada”.
7-Leia
o texto para responder a questão abaixo:
Mulher
é atropelada e põe a culpa
no
Google Maps
Nos
Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial. O processo movido pela
americana Lauren Rosenberg, vítima de um atropelamento em uma rodovia no Estado
de Utah, seria mais um caso de reparação por danos, mas ela quer receber US$
100 mil (cerca de R$ 183,5 mil) não só do motorista que a atingiu, Patrick
Harwood, mas também da empresa Google.
Segundo
o jornal inglês The Guardian, Lauren tentou atravessar uma estrada estadual sem
passeio para pedestres, à noite, e foi atingida por um carro, em 19 de janeiro
de 2009.
Ela
alega ter seguido as indicações do site Google Maps.
O
advogado Allen Young entrou com a ação judicial na semana passada. Ele argumenta
que o site foi "descuidado e negligente" ao indicar a travessia de
uma via expressa. "As pessoas confiam nas instruções (dadas pelo Google
Maps). Ela acreditou que era seguro atravessar a pista."
Ao
indicar uma rota, o serviço do Google dá um alerta: "Essa rota pode não
ter calçadas ou passeio para pedestres". Procurada pelo Guardian, a
empresa não quis comentar o caso, que ainda vai dar o que falar.
http://www.diariopopular.com.br
O
trecho do texto que expressa uma opinião é
(A) “Nos Estados Unidos, quase tudo
pode render uma ação judicial.”
(B) "Essa rota pode não ter
calçadas ou passeio para pedestres".
(C) “Ele argumenta que o site foi
"descuidado e negligente" [...]”
(D) “Procurada pelo Guardian, a
empresa não quis comentar o caso”