Aqui, postarei informações, sugestões de atividades, curiosidades, provas... Assim,meu objetivo é colaborar com a prática pedagógica dos professores de Língua Portuguesa, Matemática, História, Ciências, Arte, Línguas Estrangeiras, Geografia, Filosofia... Seja bem-vindo(a)!
domingo, 23 de junho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
Formação Continuada para Professores da rede estadual.
Patos de Minas: 20 e 21 de junho/2013
Município e distrito: 27 e 28 de junho/2013
Horas: 8h às 17h
Local: UNIPAM - Bloco H
Observação: Levar o CBC.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
ATIVIDADE DE ENSINO - 9º ano
O texto, a seguir, é uma carta que foi escrita em 1854, pelo chefe
Seatle ao presidente dos EUA, Franklin Pierce, quando este propôs comprar
grande parte das terras de sua tribo, oferecendo em contrapartida, a concessão
de uma outra "reserva". O texto da resposta do cacique da tribo
Duwamish tem sido considerado, através dos tempos, como um dos mais belos e
profundos pronunciamentos já feitos a respeito da defesa do meio ambiente. Leia-a
com atenção.
Carta
do cacique ao Grande Chefe branco
"Como è que, se pode compra ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nós parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como è possível comprá-los?
Cada pedaço desta terra è
sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de
areia das praias, a penumbra da floresta densa, cada clareira e inseto são
sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das
árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco
esquecem a sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos
mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela è a Mãe do homem vermelho.
Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são
nossas irmãs, o servo, o cavalo, a grande água, são nossos irmãos. Os picos
rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro e do homem,
todos pertencem a mesma família.
Portanto, o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar a
nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar
onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos.
Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra, mas isso não
será fácil. Esta terra è sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e
rios não è apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos
a terra, vocês devem lembrar-se de que ela è sagrada, e devem ensinar ás suas
crianças que ela è sagrada e cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de
acontecimentos e lembranças da vida de meu povo. O murmúrio das águas è a voz
dos meus ancestrais Os rios são nossos irmãos, saciam nossa cede. Os rios
carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa
terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos
irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que
dedicariam a qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de
terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois è um
forasteiro que vem a noite e rouba da terra aquilo de que necessita. A terra
não è sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho.
Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da
terra aquilo que seria dos seus filhos e não se importa. A sepultura do seu pai
e os direitos dos seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu
irmão, o seu irmão, o céu como coisas que possam ser compradas, saqueadas,
vendidas, como enfeites coloridos. Seu apetite devora a terra deixando somente
um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas
cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho è
um selvagem e não compreenda. Não há um lugar quieto nas cidades do homem
branco. Nenhum lugar onde possa se ouvir o desabrochar de folhas na primavera
ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e
não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da
vida se um homem não pode ouvir o canto solitário de uma ave ou o debate dos
sapos ao redor de uma lagoa a noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo.
O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o
próprio vento, a música da chuva e o perfume dos pinheiros.
O ar è precioso para o homem vermelho, pois todas as criaturas
compartilham o mesmo sopro, o animal, a árvore o homem, todos compartilham do
mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um
homem agonizante a vários dias, è insensível ao mal cheiro. Mas se vendermos
nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar è precioso para nós, que
o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a
nosso avô seu primeiro inspirar também recebeu seu ultimo suspiro. Se lhe
vendermos nossa terra, vocês devem mante-la intacta e sagrada, como um lugar
onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento perfumado pelas flores
dos prados. Portanto, vamos meditar sobre a sua oferta de comprar nossa terra.
Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deverá tratar os
seres desta terra como seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo qualquer
outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície,
abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar.Eu sou um
selvagem e não compreendo como è que a fumegante maquina de ferro pode ser mais
importante que o búfalo, que sacrificamos somente para mantermos vivos.
O que è o
homem sem a natureza? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma
grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com animais, breve acontece com o
homem. Há uma ligação em
tudo. Vocês devem ensinar as suas crianças que o solo a seus
pés è a cinza de nossos avôs. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos
que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. .Ensinem as suas crianças o
que ensinamos às nossas, que a terra è nossa mãe Tudo o que acontece à terra
,acontecera aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em
si mesmos.
Sabemos que a terra não pertence ao homem: o homem pertence à terra.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação
em tudo O que
ocorrer com a terra, recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o
tecido da vida: ele è simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido,
fará a si mesmo. Mesmo o homem branco não pode estar isento do destino comum..
E possível, que sejamos irmãos, a pesar de tudo De uma coisa estamos certos, e
o homem poderá vir a descobrir um dia nosso Deus è o mesmo Deus. Vocês podem
pensar que o possuem como desejam possuir nossa terra, mas não è possível. Ele
è o Deus do homem e sua compaixão è igual para o homem vermelho e para o homem
branco. A terra è preciosa, e feri-la è desprezar seu criador Os homens-
máquina também passarão, talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem
suas camas, e, uma noite, serão sufocados pelos próprios dejetos. Não compreendemos
que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados,
os recantos secretos da floresta contaminados. Onde está
o arvoredo ? Desapareceu. Onde está a águia?
Desapareceu? .
- E o final da vida e início da sobrevivência.
Estudo do texto
1ª) Na frase “O homem não tramou o tecido da vida...”.
Escolha a alternativa em que o verbo tramar apresenta significado
semelhante ao do texto.
(a) Há muito, os
homens vêm tramando contra seus inimigos.
(b) A aranha trama
sua teia com muito cuidado.
2ª) Observe a
frase “Os mortos do homem branco esquecem
sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas”. Qual é o
significado de caminhar entre as estrelas?
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3ª) O que o
cacique quis dizer com esse trecho em relação à forma de o homem branco encarar
a terra?
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4ª) Na carta o
cacique faz várias comparações entre o índio e o homem branco, considerando a
relação que mantêm com a terra, com o meio ambiente. Complete o quadro
seguinte, apontando as diferenças de postura mencionadas no texto.
O
índio
|
O
homem branco
|
Seus mortos
jamais esquecem a terra
|
|
Ele é parte da
terra e a terra é parte dele
|
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Trata a terra e
o céu como objetos de valor material, sujeitos a compra, a venda e a saques
|
|
O ar é precioso
para ele, pois compartilha seu espírito com toda a vida que mantém
|
|
Mata os animais
|
5ª) “Há uma ligação em tudo. Tudo o que
aconteceu à terra acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo
estão cuspindo em si mesmo”.
Elabore um
parágrafo apresentando a ideia explícita na fala do cacique e, em seguida,
exponha sua opinião.
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sábado, 8 de junho de 2013
ECOBIOLOGIA INTERIOR
Frei Beto
Por um minuto, esqueça a poluição do ar e do mar, a química que contamina a terra e envenena os alimentos, e medita: como anda o teu equilíbrio ecobiológico? Tens dialogado com teus órgãos interiores? Acariciado o teu coração? Respeitas a delicadeza de teu estômago? Acompanhas mentalmente teu fluxo sanguíneo?
Teus pensamentos são poluídos? As palavras, ácidas? Os gestos, agressivos? Quantos esgotos fétidos correm em tua alma? Quantos entulhos — mágoas, ira, inveja — se amontoam em teu espírito? Examina a tua mente. Está despoluída de ambições desmedidas, preguiça intelectual e intenções inconfessáveis? Teus passos sujam os caminhos de lama, deixando um
rastro de tristeza e desalento? Teu humor intoxica-se de raiva e arrogância? Onde estão as flores do teu bem-querer, os pássaros pousados em teu olhar, as águas cristalinas de tuas palavras? Por que teu temperamento ferve com freqüência e expele tanta fuligem pelas chaminés de tua intolerância? Não desperdiça a vida queimando a tua língua com as nódoas de teus comentários infundados sobre a vida alheia. Preserva o teu ambiente, investe em tua qualidade de vida, purifica o espaço em que transitas. Limpa os teus olhos das ilusões de poder, fama e riqueza, antes que fiques cego e tenhas os passos desviados para a estrada dessinalizada dos rumos da ética. Ela é cheia de buracos e podes enterrar o teu caminho num deles.
Tu és, como eu, um ser frágil, ainda que julgues fortes os semelhantes que merecem a tua reverência. Somos todos feitos de barro e sopro. Finos copos de cristal que se quebram ao menor atrito: uma palavra descuidada, um gesto que machuca, uma desconfiança que perdura. Graças ao Espírito que molda e anima o teu ser, o copo partido se reconstitui, inteiro, se fores capaz de amar. Primeiro, a ti mesmo, impedindo que a tua subjetividade se afogue nas marés negativas. Depois, a teus semelhantes, exercendo a tolerância e o perdão, sem jamais sacrificar o respeito e a justiça.
Livra a tua vida de tantos lixos acumulados. Atira pela janela as caixas que guardam mágoas e tantas fichas de tua contabilidade com os supostos débitos de outrem. Vive o teu dia como se fosse a data de teu renascer para o melhor de ti mesmo - e os outros te receberão como dom de amor.
Pratica a difícil arte do silêncio. Desliga-te das preocupações inúteis, das recordações amargas, das inquietações que transcendem o teu poder. Recolhe-te no mais íntimo de ti mesmo, mergulha em teu oceano de mistério e descobre, lá no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade.Guarda este ensinamento: por vezes é preciso fechar os olhos para ver melhor. Acolhe a tua vida como ela é: uma dádiva involuntária. Não pediste para nascer e, agora, não desejas morrer. Faze dessa gratuidade uma aventura amorosa. Não sofras por dar valor ao que não merece importância. Trata a todos como igual, ainda que estejam revestidos ilusoriamente de nobreza ou se mostrem realmente como seres carcomidos pela miséria. Faze da justiça o teu modo de ser e jamais te envergonhes de tua pobreza, de tua falta de conhecimentos ou de poder. Ninguém é mais culto do que o outro. O que existem são culturas distintas e socialmente complementares. O que seria do erudito sem a arte culinária da cozinheira analfabeta? Tua riqueza e teu poder residem em tua moral e dignidade, que não têm preço e te trazem apreço.
Porém, arma-te de indignação e esperança. Luta para que todos os caminhos sejam aplainados, até que a espécie humana se descubra como uma só família, na qual todos, malgrado as diferenças, tenham iguais direitos e oportunidades. E estejas convicto de que convergimos todos para Aquele que, supremo Atrator, impregnou-nos dessa energia que nos permite conhecer a abissal distância que há entre a opressão e a libertação. Faze de cada segundo de teu existir uma oração. E terás força para expulsar os vendilhões do templo, operar milagres e disseminar a ternura como plenitude de todos os direitos humanos. Ainda que estejas cercado de adversidades, se preservares a tua ecobiologia interior serás feliz, porque trarás em teu coração tesouros indevassáveis .
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